Meus estudos - kicking ass!

eu e minha colega, Cali, no SAP Open, em San Jose.



Bem, como vocês sabem, a cadeira que estou tendo no momento chama-se Leadership and Critical Thinking. Em resumo, ela faz a gente pensar. Mas pensar de verdade. Na primeira semana de aula, quando vimos a quantidade de coisas que teríamos que fazer a cada semana, todo mundo se apavorou. Pensar parece algo simples, mas não é. O que fazemos diariamente não é pensar. A cada livro que líamos (eram quatro capítulos de três livros por semana): Wooden on Leadership, Thinking for a change, e Principles and practice of Sport Management, e a cada abstract que escrevíamos (cinco por semana sobre cinco artigos referentes ao campo de atuação que queremos), trabalhávamos nosso cérebro. Consequentemente, tínhamos que aplicar isso a minipaper de cinco páginas por semana. A coisa mais importante do minipaper era NÓS MESMOS. Com base nas leituras, tínhamos que aplicar o que aprendíamos a nossas experiências pessoais e profissionais vividas, bem como a nossas intenções futuras. Parece fácil, mas não é.. é um processo.

Os dois primeiros trabalhos tirei B (25/30), no terceiro, A- (27/30) e no último minipaper, A (28/30) com elogio do professor Rich Cellini em aula. A expectativa agora é para o research paper que foi entregue ontem (terça). Com base em leituras e seis entrevistas (consegui entrevistar gente de peso no mundo do tênis, como diretores de torneios Master Series, etc), tinha que escrever, novamente com o foco principal em mim mesma, como entrar e ter sucesso na indústria dos torneios de tênis. Ainda não sei qual vai ser a avaliação do professor, mas estou bem confiante. Escrevi 12 páginas e tive que editar para as 8 no máximo. Numa sentada, escrevi tudo. O pensamento fluiu naturalmente e tenho certeza de que ao final do trabalho consegui responder ao research topic que era "How to get in and succeed in the tennis tournament industry?"

Semana que vem, temos que fazer a apresentação do trabalho e não pode ultrapassar 4 minutos (15 segundos a mais e a menos são permitidos). Vai ser um desafio resumir 8 páginas nesse espaço de tempo com uma INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO (sem falar "In conclusion"). A pressão vai ser maior ainda porque a apresentação será filmada e posteriormente postada no site da universidade (se eu aprovar, deixarei vocês assistirem) e o diretor do curso, Stan Fasci, estará presente, além do próprio Cellini, que apesar de ser um ótimo professor e sempre disposto a ajudar, sabe ser intimidante (mas num bom sentido).

Por fim, a apresentação é no mesmo dia da minha primeira entrevista para estágio nos EUA. Estou bem certa de que tenho todas as qualificações necessárias para a vaga. Uma das pessoas que vai me entrevistar, aliás, já tive a sorte de conhecer informalmente e vender meu peixe, atitude que foi muito bem apreciada. Então, acho que estou no caminho no certo.

É engraçado porque quando estava na Famecos, nunca fui uma aluna nota A. Isso porque nunca dediquei 100% da minha atenção aos estudos. No terceiro semestre da faculdade já estava estagiando na rádio Bandeirantes e, para mim, jornalismo é prática, então minha concentração foi para o trabalho. Foi a decisão acertada, porque me considero uma boa repórter, principalmente de rádio. No entanto, quando decidi fazer esse mestrado, resolvi priorizar os estudos. Não vou aceitar nada menos do que nota B e, ainda assim, não ficarei muito satisfeita com B. Parece que depois de velha resolvi virar CDF. Mas o fato é que o curso não é nada, mas nada barato. E todo esse dinheiro é investimento em mim mesma. É como uma ação na bolsa. Não pode ter queda.

Estou feliz que estou causando boas impressões. No torneio que voluntariei (foto), fiquei lá por horas a fio. Sofri em pé, mas sempre deixei claro que no que precisassem de ajuda, bastava me chamar. Além disso, praticamente paguei para trabalhar, pois como era em outra cidade e não daria tempo de pegar o último trem de volta pra São Francisco, fiquei hospedada num hotel próximo (80 dólares por noite - o mais barato que encontrei - porém muito bom). O supervisor do trabalho me elogiou e já disse que vai me chamar para o próximo ano, caso eu já não esteja estagiando para o evento.

O professor Cellini também está bem satisfeito com o meu interesse e esforço. Já tive duas reuniões com ele, buscando conselhos, principalmente sobre a entrevista de emprego semana que vem. Ele tem certeza de que vou conseguir e vai me ajudar também (esse cara conhece muita gente no ramo e está sempre nos elogiando. como ele diz "I can close a deal when I put on a good word" - eu fecho um negócio quando falo bem de alguém). He's a funny guy.

E, por fim, a moça que vai me entrevistar, juntamente com outras duas, está bem feliz comigo. Na semana passada, quando estava voluntariando no torneio, arranjei um tempinho para ajudar a promover o evento delas lá em San Jose. Aceitei isso para ter mais conhecimento e quando vi, estava trabalhando do lado dela, foi aí que vendi meu peixe. Além disso, ela é ex-aluna desse curso e ontem, a convite do Cellini, participou de um painel na nossa aula com vários ex-alunos que agora estão no mercado de trabalho. Durante o break fui conversar com ela e ela disse que adorou meu currículo e tem certeza que vou me sair muito bem... Yeyyyy.

Tô feliz!!!!

Beijosss