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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Me caguei

24 horas viajando (contando espera em aeroportos), mas no final do último vôo me caguei. Achei que era isso. Nunca tinha pensado no pior em um avião, mas dessa vez pensei.

Os atrasos de mais de uma hora em Porto Alegre e São Paulo, ou a espera na Alfândega americana (fila de 500 pessoas com apenas 5 agentes federais americanos) foi fichinha perto do que estava por vir.

Com a demora alfandegária em Dallas, não consegui pegar meu vôo para São Francisco às 7h40. Me colocaram então no seguinte, às 8h40. Começou que o cara que me remarcou disse que iria apenas no vôo das 10h40. Então, comprei algo pra comer, sentei numa mesinha no salão de embarque e fui conectar o computador pra matar o tempo. Enquanto isso, o pessoal do vôo das 8h40 estava embarcando... Lá pelo fim desse embarque, resolvi só por curiosidade checar minha nova passagem quando percebo que o infeliz me disse errado, e na realidade eu estava naquele vôo que já ia sair. Consegui entrar correndo - uma das últimas pessoas. Ufa 1.

Ok, esse parágrafo foi só para amaciar a conversa... agora sim vem o pior.

O vôo teve muita turbulência, mas eu tava tão cansada que dormi apoiada na mesinha do banco (que conforto). Depois de 3h30 de viagem o piloto manda preparar para pouso. Do lado de fora, a velha conhecida serração de São Francisco. Ouvimos as rodas do avião descerem, mas não dava para ver absolutamente nada pela janela. Ele acelera. Daqui a pouco, um barulho estranho, mais aceleração e as rodas voltam pra dentro. Começa a subir, tremendo tremendo tremendo. Puta que pariu. Me senti dentro de uma gelantina. Sensação horrível. Logo imaginei que ele iria para outro aeroporto, Oakland ou San Jose. Dito e feito. O piloto informa que não havia como pousar e nos levaria para San Jose. O trajeto de uns 20 minutos foi todo tremendo e barulhento. O avião acelerava absurdamente. Muito estranho.

Pousamos, Ufa 2. Bah que alívio. Aí o avião pára no meio da pista. Quando vejo pela janela, dois caminhões de bombeiros cercam o avião. Puta que pariu de novo. Deve ter fumaça. O piloto informa que voamos com problema (motor ou turbina, não sei, não especificou). POR QUE NÃO NOS TIRAM DAQUI?!! Estava chovendo em San Jose, mas eu prefiria me molhar caminhando até o terminal do que ficar lá dentro. Aí o avião começa a andar se direcionando pro portão. E eu nervosa. Nessa altura, viajando há um dia sem dormir, qualquer coisinha eleva o nível de estresse ao máximo. Pára. Ainda leva 15 minutos pra nos tirarem de dentro. Sinceramente, acho que com a neura dos americanos, eles deveriam estar checando ao máximo questões de segurança para assegurarem que não era alguma ameaça, antes de nos libertarem daquela lata de sardinha.

San Jose fica a 40 minutos de carro ou 1h30 de trem. A American Airlines iria nos levar de ônibus até o aeroporto de São Francisco, mas o tal ônibus só ia chegar em meia hora. Foda-se!! Peguei um táxi. Gastei U$150. Mas cheguei em casa. Só queria chegar. Sã e salva. Que merda foi essa???

Pior que no meu vôo, tinham dois soldados americanos que estavam voltando do Iraque. Antes de decolar, o piloto pediu uma salva de palmas a eles. Aposto que os dois tavam pensando "PQP, sobrevivemos no Iraque pra morrer num vôo quase na hora de pousar??" Graças a Deus, no fim deu tudo certo, mas o susto foi grande. Ufa 3.

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